O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela não divulgou os resultados completos das eleições no prazo oficial de 72 horas, nem as atas eleitorais que confirmariam a vitória de Nicolás Maduro.
Proclamação de Maduro
Mesmo sem a divulgação total dos votos, o CNE proclamou Nicolás Maduro como reeleito na segunda-feira, 29 de julho. Maduro, que já ocupa a presidência da Venezuela, foi anunciado como vencedor sem que as regras do CNE fossem plenamente respeitadas. Segundo as normas, o total de votos deveria ser divulgado até 72 horas após a eleição.
Falta de Transparência
O CNE também prometeu que as atas eleitorais seriam divulgadas dentro do mesmo prazo. Contudo, até o momento, essas atas não foram liberadas. Considerando que o sistema eleitoral na Venezuela é eletrônico, espera-se que os boletins de urna e as atas eleitorais já estivessem prontos e disponíveis para consulta.
Repercussão Internacional e Pressão
A falta de transparência no processo eleitoral tem agravado a situação na Venezuela e gerado pressão internacional pela divulgação dos resultados.
Pronunciamento de Maduro
Em um pronunciamento, Nicolás Maduro se colocou como vítima, acusando a imprensa de incitar conflitos no país. Ele afirmou que países e organizações de direita estão tentando desestabilizar a Venezuela.
Posição dos Países Sul-Americanos
Enquanto isso, Brasil, Colômbia e México não conseguiram chegar a um acordo para divulgar um comunicado conjunto exigindo a imediata divulgação das atas eleitorais. A Colômbia pede uma auditoria internacional dos resultados, enquanto o Brasil defende uma checagem imparcial do processo.
Pressão dos Estados Unidos
Irritados com a demora, os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre o governo venezuelano, alertando que a paciência está se esgotando. Os EUA ameaçaram tomar medidas contra a Venezuela caso o CNE não prove que Maduro foi realmente o vencedor das eleições.
Impacto na América do Sul
Na América do Sul, alguns países são contra qualquer tipo de interferência na política interna da Venezuela, bem como contra o aumento de sanções econômicas. Eles argumentam que tais ações podem agravar ainda mais a crise econômica e social na região. O Brasil é um desses países que adotam uma posição mais cautelosa.
A situação na Venezuela permanece tensa, com a comunidade internacional pressionando por maior transparência e a divulgação dos resultados eleitorais. A demora na liberação das atas e a proclamação de Maduro sem a devida comprovação dos votos geram desconfiança e críticas, tanto internamente quanto externamente.